CINEMA E MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO
João Kennedy Eugênio
Wanderson Lima Torres
(Organizadores)

A presente coletânea pretende recobrir ao menos um considerável número de acepções do termo mal-estar. E busca fazer isto focando diversas escolas, gêneros e diretores da história do cinema. Em nenhum momento, pensou-se em algo como uma história do cinema, no entanto o leitor perceberá o intuito de recobrir o máximo possível da rica produção fílmica que existe desde os irmãos Lumière, sem preconceitos de qualquer natureza. 

Seguindo o preceito multidisciplinar que norteou o trabalho desde o princípio, e lembrando que se buscou recobrir diversas acepções do termo mal-estar, os colaboradores vêm de distintas áreas das humanidades e de diversos países. É possível, assim, não apenas atestar a universalidade e a urgência do debate como ainda verificar o estado da arte em que a questão se encontra.

Por fim, é preciso ressaltar que tomamos o cinema não somente como o locus onde o mal-estar se reflete, mas também onde se buscam saídas para esta crise; como parte do problema, mas também como nicho onde se vislumbra uma nesga de esperança. O cinema não é um receptáculo de ideias – é, na verdade, como predicara Deleuze, uma máquina de pensar, um espaço onde se opera um filosofar concreto, que se consubstancia através de imagens.

João Kennedy Eugênio e Wanderson Lima Torres

SUMÁRIO

MAL-ESTAR E UMA NESGA DE ESPERANÇA
João Kennedy Eugênio e Wanderson Lima Torres

1. CINEMA E MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO
João Kennedy Eugênio

2. LITERATURA E FICÇÃO CIENTÍFICA: MAL-ESTAR NA CULTURA E BIOPOLÍTICA
Márcio Seligmann-Silva

3. O MAL-ESTAR NA REPRESENTAÇÃO: SHOAH E A CRISE DAS IMAGENS
Fabricio Flores Fernandes

4. A CRISE DA REPRESENTAÇÃO NO CINEMA DE ABBAS KIAROSTAMI
Wanderson Lima Torres

5. AS DISTOPIAS URBANAS DO CINEMA FUTURISTA
José D’Assunção Barros

6. CINEMA, GUERRA E MAL-ESTAR: UM ENLACE NO TEMPO PRESENTE
Francisco Carlos Teixeira da Silva

7. A VIDA DOS TEMPOS MORTOS: O TEMPO PERDIDO NO FIM DA EXPERIÊNCIA
Marcelo Monteiro Costa

8. NIILISMO E TRANSCENDÊNCIA NO CINEMA ORIENTAL
Rodrigo Petronio

9. UTOPIE E DISTOPIE NEL CINEMA D’ANIMAZIONE GIAPPONESE (1963-2012)
Enrico Azzano

10. ENCONTROS E DESPEDIDAS: OS DRAMAS FAMILIARES NO CINEMA DE YASUJIRO OZU
Nayhd Barros de Souza

11. O CINEMA CONTEMPORÂNEO DE HONG KONG: REPRESENTANDO UM ESPAÇO EM DESAPARECIMENTO
Ludmila Carvalho

12. REVER AMOR À FLOR DA PELE (IN THE MOOD FOR LOVE)
Adalberto Müller

13. CONSCIÊNCIA, DESARRAIGAMENTO E RECONCILIAÇÃO NO SOLARIS DE ANDREI TARKOVSKI
André Renato

14. LA CIUDAD DEL FIN DEL MUNDO – METROPOLIS DE FRITZ LANG
Eduardo Subirats

15. O MAL-ESTAR NO CINEMA MODERNO: FREUD, BUÑUEL, BERGMAN E HITCHCOCK
Mário Alves Coutinho

16. RIDICULE
Pedro Meira Monteiro

17. O CINEMA DA MEMÓRIA DE AGNÈS VARDA E CHRIS MARKER
Tainah Negreiros

18. MICHELANGELO ANTONIONI E A SOCIEDADE INDUSTRIAL
Roberto Acioli de Oliveira

19. LISANDRO ALONSO: OBSERVANDO O SILÊNCIO DO MUNDO
Marcelo Ikeda e Fernando Mendonça

20. ACERCA DO MAL-ESTAR NA PÓS-MODERNIDADE: SCHOPENHAUER SOB A LENTE DE LARS VON TRIER
Luizir de Oliveira

21. A OBSESSÃO PELO EGO MONSTRUM E O TRIUNFO DO “EU” VAZIO
Vinicius Macêdo Barreto de Negreiros

22. OLIVEIRA, LA SAUDADE E IL POPOLO CHE MANCA
Francesco Saverio Nisio

23. PAISAGENS DE AUSÊNCIA: IMAGENS DA MELANCOLIA EM O CORPO ARDENTE, DE WALTER HUGO KHOURI
Jaison Castro Silva

24. UM PASSEIO ARRISCADO NAS AVENTURAS DE METEORANGO KID
Aristides Oliveira

25. SUCESSO E MAL-ESTAR CONTEMPORÂNEO
Lucia Cristina dos Santos Rosa

26. ENCENAÇÕES DO FRACASSO
Denilson Lopes

27. FRANKENSTEIN E A ARTE DE RECRIAR
Naiara Sales de Araújo Santos